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domingo, 14 de maio de 2017

Ser Mãe

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O que é ser mãe? Eu nunca vou saber.

Uma manchete tomou conta da cidade de São Paulo nessa última semana. Mulher pula na linha do metrô depois que filho cai nos trilhos. Foi um desespero só. As pessoas ficaram atônitas com tal ato e várias versões foram dadas. “Ela se suicidou e ainda levou as crianças com ela”. “Ela foi empurrada”. A versão oficial é a de que o seu filho caiu nos trilhos e ela mais do que imediatamente foi atrás. Detalhe: ela estava com o filho mais novo no colo. Depois do grande susto (isso mesmo, não houve mortes nesse episódio), lhe perguntaram o porquê de tal ato. Ela virou para a pessoa e simplesmente respondeu: instinto materno.

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Mulher pega um atalho para chegar mais rápido em casa. Enquanto ela fala ao telefone seu filho brinca nos escombros do que um dia foi uma bela casa. Como toda mãe, ela está com um ouvido voltado para a conversa e outro voltado para o filho. De repente ela não ouve mais a voz do menino. Começa então a busca. Ela vai de um lado a outro até que finalmente vê o seu filho. Ele está dentro de uma poça enorme d’agua que se formou com a chuva da noite anterior. Ele está indo ao encontro inevitável da morte. Quando ela vê seu filho amado sucumbindo, não pensa duas vezes: cai de roupa e tudo na água e resgata o seu filho da morte iminente. Um detalhe deixa todos estupefatos: ela não sabe nadar. Ao ser questionada do porquê de se atirar na água daquela maneira, ela simplesmente responde: instinto materno.

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Arqueólogos chineses encontraram dois esqueletos entrelaçados. Esse abraço que ficou petrificado por mais de 4 mil anos é de uma mãe e seu filho. A mãe parece tentar proteger o seu filho de um terremoto que aconteceu na província de Quinghai, no centro da China, há cerca de 2000 a.C. (antes de Cristo). Um cientista equipado com a mais alta tecnologia conseguiu reproduzir o que seriam as últimas palavras daquela mãe. E numa conferência realizada o ano passado em Xangai ele finalmente revelou o que aquela mulher disse ao se ver acuada e tendo abraçado o pequeno filho pela última vez: instinto materno.

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Um repórter encontrou uma mulher de rua e uma criança num dia de muito frio. A mulher que claramente estava doente devido ao frio, estava com uma blusinha simples e fina. Já o seu filhinho estava com um agasalho bem aconchegante. A mulher disse que tinha dinheiro para comprar somente uma peça de roupa. Ela tinha que fazer a escolha entre ela e o filho. Não pensou duas vezes e comprou para o seu filho o melhor moletom que o seu pouco dinheiro poderia comprar. O repórter então indagou a pobre mulher do porquê de tal escolha e ela simplesmente respondeu: instinto materno.

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Uma mãe assistia sua série de TV favorita (The Walking Dead) enquanto sua filha de 2 anos brincava no sofá. Ela estava tão atenta na cena de ação que sucumbiria na morte do mocinho do seriado que ela não percebeu que sua filha estava prestes a cair do sofá. E foi isso que quase aconteceu. Porém, como num passe de mágica e tão rápida quanto o personagem do seu seriado, ela se virou e se jogou em direção a criança e como num milagre livrou sua filha de ter batido com a cabeça no chão. Ela então puxou sua filha para o seu lado e começou a beija-la. A criança, sem entender nada, simplesmente sorria. O pai, vendo aquilo com incredulidade, perguntou como ela tinha feito aquilo. Ela simplesmente respondeu: instinto materno.

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Histórias como essas são relatadas diariamente e podem ser encontradas em todos os lugares do planeta, o que nos leva a tão famosa frase: mãe é tudo igual. Só muda o endereço e a cor e a altura e o peso e o cabelo. Mas o essencial, a alma, o interior, ah isso é igual, seja a mãe brasileira, ou americana, ou francesa, ou chinesa. E por mais que nós homens tentemos entender esse ser ou nos igualar a ele, nunca chegaremos próximos. Não acredita? Pergunte para os seus filhos. Tenha a coragem de perguntar “filho, de quem você gosta mais: do pai ou da mãe”? Muito provavelmente algumas crianças serão burocráticas como os adultos e dirão “amo os dois de forma igual”. Mas a maioria dirá em alto e bom tom: “Sabe, gosto do papai. Ele é legal. Mas amo mais a mamãe. Ela é demais”.

Mas qual o porquê dessa escolha? O que será que faz as crianças quase que automaticamente entrarem para o time das mamães? A resposta é pura e simples: instinto materno, aquele sentimento de proteção, de buscar o melhor, de saber o que é melhor, de punir quando tem que punir, mas também saber elogiar.

Os pais também possuem esse sentimento de amor e proteção, mas num nível muito menor. Quer um exemplo? Passe em frente a uma penitenciária em dia de visita e olhe as filas. Você não verá um só pai nela. Somente esposas, namoradas e muitas e muitas mães.

E porque essas mães fazem isso? Por que acreditam que seus filhos são inocentes? Algumas até pensam isso. Porém, elas fazem isso porque é o natural delas. Proteger os filhos faz parte do DNA delas.

Toda a mulher nasce com um chip programado para amar e proteger, apesar de hoje em dia muitas mulheres terem esse chip danificado, ou pior, saem de fábrica sem esse chip, visto o número de mulheres que não querem ter filhos.

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A minha mãe, dona Almerinda, também conhecida como Santinha, nos deixou há 6 anos, mais precisamente no dia 03 de fevereiro de 2011. Posso falar com certeza que ela nasceu com esse tal chip. Ela nos amava e nos protegia demais da conta e como ela faz falta.  

Se pudesse descrever minha mãe em uma palavra, eu diria que ela foi uma grandíssima mãe. Acredito não haver adjetivo melhor do que esse: mãe. Eu sei. Mãe não é adjetivo e sim substantivo. Mas imagina como seria legal se pudéssemos endereçar as pessoas como mãe.

- Uau. Isso foi muito mãe da sua parte.

- Caraca. Que coisa mais mãe.

- Meu, isso é mãe demais. Tá loko!!!

- Rapaz. A minha mãe é muito mãe.

A palavra mãe acima poderia facilmente ser substituída por amorosa, carinhosa, protetora, sábia, inteligente, linda, sensacional, fantástica, hilária, brincalhona, etc. Todas elas cairão como uma luva porque é isso que as mães são. Elas são muito mães.

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Por tudo que elas representam para o mundo. Por todo o amor e proteção que são exalados e distribuídos por onde quer que elas passam. Por tudo isso digo: um dia só é pouco.

Dia das mães deve ser e é todos os dias. Sei que o que falo já foi dito antes, então pergunto:

VOCÊ TEM TRATADO SUA MÃE COMO ELA MERECE?

VOCÊ TEM ABRAÇADO SUA MÃE?

VOCÊ TEM BEIJADO SUA MÃE?

VOCÊ TEM DITO O QUANTO A AMA?

VOCÊ A TEM AGRADECIDO PELO CAFÉ QUE ELA PREPARA?

VOCÊ A TEM AGRADECIDO PELA ROUPA QUE ELA LAVA E PASSA?

VOCÊ A TEM AGRADECIDO PELA COMIDA QUE ELA PREPARA?

VOCÊ A TEM AJUDADO NOS AFAZERES DA CASA?

VOCÊ TEM CONVERSADO COM ELA?

VOCÊ TEM DITO O QUANTO ELA É IMPORTANTE PARA VOCÊ?

Se sua resposta é sim, parabéns. Continue!!!

Se sua resposta é não, não perca tempo!!!

Aproveite sua mãe enquanto você pode, enquanto ela está ao seu lado. Esse é um privilégio que nem todos podem ter. Eu sei que eu não tenho mais.

E lembre-se. Por mais que a amemos, nosso amor nunca será o suficiente para retribuir o amor que recebemos desde o momento da concepção.

E por isso e somente isso que desejo a todas as mães que são e as que ainda serão um...

FELIZ DIAS DAS MÃES




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