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terça-feira, 7 de julho de 2015

Até quando...


...teremos receio de sair de casa?
...teremos receio de entrar em casa?
...teremos receio de ficar na rua?

Até quando...
...teremos medo de quem anda a nossa frente?
...teremos medo de quem está atrás?
...teremos medo de quem não conseguimos ver nem a nossa frente nem atrás?

Até quando...
...seremos reféns da violência?
...seremos reféns do medo?
...seremos reféns da impunidade?

Até quando...
...desconfiaremos de uma pessoa andando de moto?
...desconfiaremos de uma pessoa andando de carro?
...desconfiaremos de uma pessoa andando a pé?

Até quando...
...ficaremos preocupados sem saber se nossos filhos voltarão com segurança para casa?
...ficaremos preocupados sem saber se nossos familiares e amigos voltarão com segurança para casa?
...ficaremos preocupados se nós voltaremos com segurança para casa?

Até quando...
...iremos ouvir ‘isso é normal’?
...iremos ouvir ‘acontece em todos os lugares’?
...iremos ouvir o choro dos inocentes?

Até quando...
...teremos policiamento somente depois do ocorrido?
...teremos policiamento somente em grandes eventos?
...teremos NÃO policiamento?

Até quando...
...veremos ‘Direitos Humanos’ defendendo menores criminosos?
...veremos psicólogos defendendo menores criminosos?
...veremos esses menores a tirar vidas de pessoas que amamos?

Até quando...
...testemunharemos nossos amigos chorando a perda de um ente querido?
...testemunharemos políticos prometendo tudo e fazendo nada?
...testemunharemos o crescimento da violência?


No fim de semana uma pessoa muito querida por muitos se tornou mais um numero da cruel estatística da violência. Ele perdeu sua vida. Ou melhor. Sua vida lhe foi tirada por menores infratores que invadiram o seu estabelecimento e não contentes em apenas levar o dinheiro, resolveram levar também a vida de um homem correto e trabalhador.

Giba não era apenas um bom amigo, mas também um bom esposo e pai que teve sua vida interrompida por ‘meninos’ que tenho certeza, se o conhecessem, não fariam o que fizeram. Ao contrário. Comprariam um doce, tomariam um sorvete, trocariam uma ideia. Enfim, teriam um momento agradável.

Infelizmente escolheram o caminho errado e privaram as pessoas de ter mais alguns anos na presença do pai, do esposo, do amigo Giba. E por quê? Por causa de alguns trocados? Por que estavam drogados? Por que se sentem rejeitados pela sociedade? Por que não acreditam no sistema? Por que se acham inferiores?

Espero que os responsáveis por essa atrocidade sejam encontrados e levados à justiça. E que sejam condenados à prisão perpetua. "Aahhh... Não temos isso no Brasil", você irá dizer. "Alias, é capaz de serem presos hoje e soltos amanhã, pois são menores". "Cadê a justiça nisso?". "Podem matar, mas não podem ser presos?".

Essas questões e dúvidas são levantadas devido as leis esdrúxulas do nosso país: a partir de 16 anos você pode votar (claro, isso interessa muito aos políticos), mas se cometer um crime não pode ser julgado como adulto. Que discrepância !!! Está na hora de mudarmos essa lei e o momento é mais que propicio. Vamos apoiar a redução da maioridade penal. 

Há quem dirá que nossas prisões não dariam conta de mais 300 mil pessoas que seriam jogadas lá. Esse  é o problema? Como diria Manuel, meu amigo português, Ora pois... FAÇAM MAIS PRISÕES. E de uma vez por todas vamos mudar de verdade o Código Penal Brasileiro. Caso contrário, teremos pessoas inocentes morrendo pelas mãos de menores infratores e pior, pessoas inocentes se verão no direito de fazer justiça com as próprias mãos uma vez que nossos governantes não fazem nada.

Fica aqui meu abraço e os mais profundos sentimentos ao nosso amigo Fernando e família. Palavras não podem expressar a indignação com a qual recebi notícia tão triste. E por mais que use palavras para tentar diminuir sua tristeza, sei que é impossível. 

Que Deus conforte você e toda sua família nesse momento tão difícil. E que a polícia faça sua parte prendendo os autores de tal atrocidade. E que nossa justiça não seja omissa e coloque esse infratores atrás das grandes.

E fica a pergunta:
Até quando viveremos essa cruel realidade?
Até quando????



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