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terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Aproveitem!!!


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Era o dia mais feliz da sua vida. Ela não sabia como reagir. Ela não sabia o que fazer. Porém, uma coisa ela sabia: era o dia mais feliz da sua vida. Eu sei. Escrevi que era o dia mais feliz da sua vida duas vezes. Agora, três. Vale a repetição, porque era o dia mais feliz da... bem, vocês já sabem.


Levantou-se cedo e foi até ao mercado mais próximo, que ficava a 4 kms de distância. Foi andando, pois sua irmã pegou a bicicleta para ir para a escola. Normalmente iria reclamar, pois os dias eram muito quentes e andar debaixo do sol por tanto tempo não é cômodo nem fácil. Porém, hoje era um dia diferente. Valeria a pena.

Chegando ao mercado, separou todos os ingredientes para o prato principal e sobremesas. Isso mesmo. Sobremesas no plural. Ela iria fazer 4 tipos diferentes. Queria impressionar. E tudo tinha que ser fresquinho. Fez questão de escolher tudo criteriosamente.

Toda essa empolgação tinha um porquê. Ficou sabendo pelo seu irmão que ele chegaria no fim da tarde. Não, não estou falando do irmão dela e sim do convidado especial que chegaria com ele. Na verdade mais do que especial. Ele havia prometido a muito que iria visitá-los e finalmente o dia havia chegado.

A casa era pequena e simples, mas como ficava numa região montanhosa, havia muito pó, muita poeira e muito cocô de animais. Eles tinham cabras, ovelhas, cachorros, porcos... todos vivendo harmoniosamente. É claro que de vez em quando havia um pequeno arranca rabo, mas nada letal. Ela gostava de todos os animais. O problema era o cheiro que deixavam na casa.

Foi até a janela da sala e olhou para o céu. Ele continuava quente, límpido, azulado e agora com algumas nuvens. Pela posição do sol, deveria ser meio-dia. Olhou para casa e percebeu que, apesar de ter levantado cedo e a casa não ser tão grande, ainda estava no início da limpeza. Uma pontinha de nervosismo e ansiedade começavam a despontar e aos poucos iam aumentando uma vez que ela se lembrou que sua irmã não estava ali para ajudá-la.

Passou então a varrer com mais pressa, pois queria que tudo estivesse limpo e brilhando quando ele chegasse. E enquanto varria pensava no que falaria, ou no que perguntaria. Não queria soar uma pessoa evasiva nem efusiva. Para isso ia formulando as perguntas e frases na cabeça enquanto a vassoura ia de um lado para outro. Era uma oportunidade única e ela não iria perder por nada.

O sol ia perdendo sua força. Já era quase o fim da tarde e ela estava tirando o pó dos móveis. Estava feliz pois era uma das últimas etapas da limpeza, mas ao olhar para a mesa teve o sorriso definhado. Não havia começado a cozinhar ainda e sabia que levaria algum tempo até preparar tudo. Será que teria tempo?

Parou de tirar o pó e decidiu que iria começar a cozinhar. Não iria perder nem mais um minuto. Colocou sua toquinha de cozinheira e o avental que ganhou na última temporada Masterchef das Montanhas e começou a lavar os ingredientes. Apesar de estarem frescos, estavam sujos devido a longa caminhada do mercado até sua casa.

Enquanto descascava as batatas, ouviu um som que parecia de pessoas conversando e rindo. Não podia ser. Será que já haviam chegado? Mas ela não tinha acabado de cozinhar ainda. Ficou nervosa consigo mesma e com sua irmã. Por que ela não havia chegado ainda? Ela poderia ter ajudado e muito.

Enquanto estava perdida pensando nas mais diversas maneiras que iria utilizar para esfolá-la, seu irmão entrou na cozinha. E com um sorriso enorme no rosto dirigiu a palavra a ela.

- Querida irmã. Chegamos! Demorou, mas aqui estamos.
- Por que demoraram tanto?
- Pegamos um engarrafamento de lhamas. Só por Deus.
- Opa! Alguém me chamou?

Ali estava ele. Não era necessariamente um homem bonito, mas suas vestes eram brancas como a neve, o que era um mistério, pois a região era montanhosa e com muito pó, e ele tinha um sorriso tão puro, sincero e cativante. Ela imediatamente se sentiu bem.

- O senhor veio.
- Eu disse que viria. Eu sempre cumpro o que prometo.

Ela não sabia o motivo, mas começou a chorar. Mas não era um choro de tristeza ou sofrimento. Era um choro de alegria, de alívio, de paz até. Começou a andar na direção dele quando de repente, do nada, ela apareceu.

- Irmãããããã. Que saudades. Sentiu minha falta?

Ali estava ela, sua irmã caçula. Com um sorriso de orelha a orelha, estava com os braços abertos, pronta para receber um abraço.

- VOCÊ??? ONDE ESTAVA??? Estou aqui sozinha, arrumando a casa e cozinhando.
- Eu fui com nosso irmão buscá-lo.

Ela vira e aponta para o convidado especial.

- Mas... e a escola?
- Ah, eu reponho essa aula semana que vem.
- E não pensou em ficar em casa e me ajudar?
- Até pensei, viu. Mas entre limpar a casa e estar com ele no caminho, conversando, bem... eu fiquei com a segunda opção.

Ela sentiu um ódio subir pela sua espinha. Não acreditava no que estava ouvindo. Queria muito pegar a vassoura que estava encostada na parede e dar na cabeça da sua irmã. Que audácia a dela. Deixar todo o trabalho de casa com ela.

- O nosso irmão disse que chamou você também, mas que você preferiu ficar em casa, arrumando e preparando a janta.
- Claro. Não iria receber nossa visita com a casa daquele jeito.
- Pois é. Mas parece que não adiantou muito, né?

E falando isso começou a rir. Ela ficou mais furiosa ainda. Pegou a vassoura e ameaçou correr atrás da sua irmã. Foi quando sentiu alguém tocando seu ombro. Imediatamente o ódio se dissipou. Ela se virou e lá estava ele, novamente com aquele sorriso irradiante.

- Não há necessidade disso. Nós fazemos escolhas. Você fez a sua e sua irmã fez a dela.
- Mas... mas...

O irmão que via tudo atônito, com uma vergonha absurda das irmãs e ao mesmo tempo rindo por dentro daquela situação, pediu para o convidado especial segui-lo até a sala. Haviam conversado a viagem toda, mas ele ainda tinha muitas perguntas a fazer. Muitas dúvidas a esclarecer.

O convidado o acompanhou e, junto com sua irmã caçula, foram para a sala. Sua outra irmã pediu desculpas e disse que iria se juntar a eles depois que cozinhasse.

- Não, minha irmã. Junte-se a nós agora.
- Não, eu preciso terminar aqui. E... droga!
- O que foi?
- Não terminei de tirar o pó dos móveis da sala.
- Meu Deus, mulher. Não se preocupe com isso agora. Depois você faz isso.
- Não, não. Preciso terminar aqui.
- Bem, você que sabe. Estaremos na sala.

Eles foram para sala e ela continuou na cozinha. Pegou o livro de receitas e começou a preparar as sobremesas. Enquanto cozinhava, ouvia o que o convidado especial falava. Ele parecia ser muito sábio. Ela podia ouvir também a voz da sua irmã caçula. Que inveja dela. Queria estar na sala também. Mas primeiro precisava terminar o jantar. Para ela, isso era o mais importante.

O tempo foi passando e ela deixou de ouvir a voz do convidado especial. Agora só ouvia sua irmã caçula e seu irmão mais velho conversando. Estranhou a situação e resolveu checar o que estava acontecendo.

Ao chegar na sala, percebeu que não podia ouvir mais a voz do convidado especial pela simples razão de que ele não estava mais lá. Havia partido. Seu irmão informou que um rapaz veio chamá-lo. Era uma situação de vida e morte.

- Ele pediu para agradecê-la. Sabe que o seu dia foi puxado. Sabe que você acordou cedo para arrumar a casa e cozinhar. Aliás, ele agradeceu por ter cozinhado 4 tipos de sobremesas diferentes.
- O quê? Como ele sabia de tudo isso? Eu não falei pra ninguém.
- Eu não sei como, irmã. Só sei que ele tem esse dom de saber tudo o que está acontecendo. É incrível.

Ela sorriu, mas foi por pouco tempo. Se entristeceu novamente.

- Eu tinha tanta coisa para perguntar pra ele.
- Ele disse que você falaria isso.
- Disse???
- Disse. E pediu para você não se preocupar. Disse que precisava partir, mas que um dia irá voltar.
- Disse quando?
- Ele não sabe. Falou que só o pai dele que sabe.

A irmã caçula observava tudo. Percebeu a tristeza no olhar e no rosto da sua irmã e, caminhando até ela, deu um abraço carinhoso e demorado.  

__________________________________________________________ 


Fim de ano é um momento singular.

As pessoas usam o dinheiro extra para pintar a casa, comprar roupa, móveis e eletrônicos novos.

Elas fazem a lista de convidados e, com elas em mãos, têm ideia do que precisam comprar para a ceia de Natal e Ano Novo.

Elas passam o dia no supermercado.

Elas passam o dia limpando a casa.

Elas passam o dia cozinhando.

Tudo isso é valido e faz parte.

Porém...

Desejo que você escolha o que a irmã caçula escolheu:

Passar tempo com as pessoas.

Conversando, rindo, jogando conversa fora.

O que você irá fazer é uma escolha sua.

E espero de coração que você escolha o melhor:

ESTAR PERTO!!!



HAPPY 2020

terça-feira, 15 de outubro de 2019

Dia dos teachers


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Vera não foi trabalhar hoje. Aliás, não trabalha há duas semanas. Recebeu licença por conta de um acontecimento muito triste que mexeu não somente com ela, mas com toda a cidade.

(Acidente)
Vera está no seu recinto de trabalho, mais conhecido como sala de aula, quando percebe que um dos alunos não está prestando atenção, pois está ouvindo música, algo proibido durante a aula.

Ela se aproxima e pede educadamente que o aluno desligue o aparelho celular, o que ele enfaticamente nega. Ela, na sua inocência, toca no ombro do aluno que, abruptamente, segura sua mão e aperta fortemente.

Isso chama a atenção dos outros alunos que param suas atividades para olhar o que está acontecendo. Vera, com a mão machucada, pede calma ao menino que, aos gritos está saboreando os cinco minutos de fama.

Alguns alunos tentam acalmar os ânimos enquanto outros filmam a patética cena. Nesse meio tempo, um grupo grita ‘briga, briga, briga’ e começam a bater nas carteiras fazendo um barulho ensurdecedor.

O caos está instalado na sala e, empoderado pelos gritos e barulho das carteiras, o menino se levanta e começa a empurrar Vera que tenta se afastar, mas o menino a agarra pelo avental e lhe desfere um soco.

Vera vê tudo escurecer e não ouve mais nada. A dor é intensa, como nunca havia sentido antes. Lágrimas começam a cair dos seus olhos. Porém, não são lágrimas de tristeza e sim de incredulidade.

Passados alguns minutos, dois professores que ouvem a algazarra veem em socorro e levam Vera para a enfermaria e o menino para a diretoria. Ela ganha um galo imenso na cabeça e ele duas semanas de suspensão.

Esse acontecimento vira assunto na cidade por semanas. Programas de televisão exploram ao máximo o tema violência. Alguns de forma séria enquanto outros bem sensacionalistas.

Vera vai a alguns deles, ganhando assim uma indesejada notoriedade. Lá dá sua versão dos fatos e, junto com especialistas, tentam buscar a resposta para a simples e ao mesmo tempo complexa pergunta: por que?

Muito se debate e duas coisas ficam claras: 1. O problema está no governo que não investe em educação. 2. O problema está na família que não educa os filhos em casa, transferindo a responsabilidade para o estado.

Outras variáveis aparecem. Há muita controvérsia a respeito da solução para que situações como essa, que são cada vez mais comuns nas escolas de todo país, não ocorram mais.

Bete, uma das professoras da escola e grande amiga de Vera, sabendo que ela não estará na escola, resolve pedir para os alunos escreverem uma mensagem, o que irá deixar Vera muito feliz.

Como Vera é uma professora muito querida, muitos alunos escrevem. Bem, não será possível mostrar todas as mensagens, mas algumas estão aqui separadas para o seu deleite. São elas...


“Querida professora. Estava eu ouvindo a quinta sinfonia de Bach quando lembrei do que Einstein disse a respeito dos professores. A maioria dos professores desperdiça seu tempo ao fazer perguntas que têm por objetivo descobrir o que um aluno não sabe, enquanto a verdadeira arte de fazer perguntas é descobrir o que o aluno sabe e o que é capaz de saber’. Acredito piamente que essa frase descreve bem quem é Vera, a professora referida nessa nota. E é com esse espírito, com o aval daquele que é o maior cientista de todos os tempos, que desejo-lhe um Estimado Dia dos Mestres”.
Mara, a intelectual.


“Querida professora Vera. Fiquei muito feliz quando me pediram para escrever uma pequena nota nesse dia tão especial. Espero do fundo do coração que tudo de bom aconteça para a senhora não somente hoje, mas amanhã também, e depois de amanhã, e nos outros 364 dias do ano. Afinal de contas, todo dia é dia, não é verdade? Me desculpa porque não deu para comprar um presente. Eu usei todo o dinheiro da minha mesada para comprar o jogo novo do God of War. Mas prometo que ano que vem tem presente. Feliz Aniversário, professora!!!”
José, o confuso.


“Querida tia Vera. O que dizer? Palavras não podem e não conseguem, por mais que tentem, expressar o quão profundo é meu amor por ti. Acordo pensado em ti e quando vejo o dia passou, a noite chegou e, ao deitar, ainda estou com você nos meus pensamentos. Sonho com você me ensinando a conjugação do verbo pentear no pretérito imperfeito (estava deitado enquanto vós penteáveis meus cabelos). Sonho também com você me explicando a equação do terceiro grau. Sonho com os seus lábios, o seu sorriso, as suas mãos, e com todo o seu corpo que se pudesse conjugar seria mais que perfeito. Para você, mais que querida Vera, um Feliz Dia dos Professores junto com um beijo”.
Paulo, o incontrolavelmente apaixonado.


“Ti-ti-ti-ti-aaaaa!!! Fe-fe-feeeeeee-liizzzz Di-didi-diiii-a doooooos Pro-propro-prooo-fessooooo-reees!!! Te-teeeeee Amo!!!!”
Marcos, o gago.


“Dear teacher Vera! I love you! Congratulations on your day!”
Antony, o bílingue.


“Querida professorinha. Que alegriazinha estou sentindo nesse diazinho tão especialzinho. A senhorinha é demais, viu? Se eu tiver só um pouquinho desse amorzinho que exala desse seu coraçãozinho, eu já serei uma pessoa felizinha. Obrigadinha por gastar seu tempinho preciosinho comigo e com meus amiguinhos. Feliz Dia dos Professores, minha professorinha lindinha!!!”
Marcinha, a fofinha, bonitinha e boazinha que usa tudinho no diminutivozinho


“Olha só! Não estava muito a fim de escrever nada não, mas me obrigaram. Bem, não gosto da senhora não, e nunca que iria escrever pra você, porém disseram pra eu mentir e escrever qualquer coisa. Pois aí está! Feliz... feliz... dia... Aaaargh... não consigo proferir tais palavras, pois não condizem com o que eu realmente sinto! Aliás, tem nada a ver esse negócio de dia dos professores. Tínhamos que celebrar sim o dia do aluno, pois é um saco ter que aturar vocês professores. Quer saber, desejo um Triste Dia do Professor. Pronto, falei”.
David, o sincero.


“Querida... snif-snif... professora! Eu... snif-snif... quero muito lhe... snif-snif... desejar um... Feliz... Dia... dos... buaaaaaaaaa... eu num guento... buaaaaaaaaa...”
Ana, a chorona


“Na escola a professora está explicando presente, passado e futuro.
- Se digo que fui rica, isso é passado, ok? Mariazinha, se digo que serei diretora, isso é...?
- Futuro, professora.
- Muito bem! Joãozinho, se digo que sou bonita, isso é...?
- Mentira, professora”!
Joãozinho, o engraçado, também conhecido como fanfarrão.



Bete olha para Vera e ela está com um largo sorriso no rosto, ao mesmo tempo que tem os olhos lacrimejados. Ela então coloca os papéis sobre a mesa e dá um longo e carinhoso abraço em Bete.

Bete pergunta como sua amiga está, se ela pretende parar depois do que aconteceu. Vera simplesmente olha para sua amiga depois de limpar as lágrimas e diz: Parar??? NUNCA!!!

Vera está triste com a situação? Claro que sim. Quem não estaria? Porém, a tristeza daquele dia não irá apagar a alegria de todos os outros. E as mensagens só corroboram a importância dela para aquelas crianças.


FELIZ DIA DOS PROFESSORES





terça-feira, 10 de setembro de 2019

At the hospital



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- Hey, doc. You gotta help him.
- I’ll try my best. But I wouldn’t have high hopes if I were you. He’s too weak. He’s lost too much blood.
- Per favore, dottore. Pleeeeease. Don’t let my friend die.
- Like I said, I’ll try. Now, give us some room, please.

More than some minutes earlier

Rafaello thinks Luca is dead. He holds him for 5 minutes. He has no idea what to do. The events of the last half-hour are still screaming in his head. It is like a scene from one of those gang movies he got used to watching when he was little. He went to Luca’s house and together would spend hours in front of the tube. They would only stop when Signora Giovanna, Luca’s mamma, screamed at them, ordering both to leave the house and play some games on the street.

While lost in these thoughts Rafaello hears someone whispering his name. He looks down and can see his friend Luca staring at him.

- DIO MIO!!!! È VIVOOOO!!!!

Luca tries a smile. It hurts. He can’t remember what happened. He tries hard. He doesn’t know why his friend is crying like a little girl. Faggot, he thinks. Rafaello is in ecstasy. His eyes have deceived him one more time. First, his friend is dead, but now he is smiling at him. I guess God has heard his prayers.

- Oh my dearest friend. You’re alive.
- I am, indeed.
- I thought you were dead.
- Well, I’ll be if you don’t stop being such a pussy and take me to the hospital.
- You don’t have to say twice. Let’s go.

Rafaello picks up his phone and starts texting.

- What are you doing?
- Calling an Uber.
- What? CHIAMARE UN’AMBULANZA.
- No. Uber is cheaper and faster. They have this special service called Uber-not-yet. It is for those situations when the person is almost dead, but not yet.
- What the hell are you talking about?
- Nevermind. They’ll be here in 2 minutes.

Rafaello wants to explain to his friend how Uber-not-yet works, but he decides to do that later. Now all he wants to do is to take his friend to the nearest hospital as soon as he can. He can’t control the excitement. His friend is alive and that is all that matters.

- Wow. Mamma mia. I really thought I would go to your funeral after those shots. But here you are. Alive.
- Rafa… cogh… cogh… I’m cold, man… really cold… cogh…cogh… I think I will rest a little…just a little…cogh… cogh…
- No, no, no, no, noooo... don’t die on me again, man.
- SBRIGATI, TASSISTA. HURRY UP. MY FRIEND IS DYING.
- I’m driving as fast as I can. And I am not a taxi driver. I am an Uber driver.  
- WHATEVER!!! JUST DRIVE!!!

Back to the hospital…

- Hey, man. Did you talk to my father?
- Who? Mr. Bianchi?
- No, man. Michael Jackson. Of course Mr. Bianchi. Who else?
- No, I haven’t spoken to him.
- Thank God. He would freak out.
- But I sent him a message.
- WHAT?
- I texted him.
- WHY DID YOU DO THAT FOR?
- I THOUGHT YOU WERE DEAD. I WAS DESPERATE. WHAT DID YOU WANT ME TO DO, HUH? I WAS LOST, MAN. I WAS…
- Ok. Ok. I am sorry. You did the right thing. Well, what did you tell him?
- Not much. Only that you were shot.
- Merda. 
- I texted, “The cat went up on the roof…”

Silence in the room. Luca does not understand what his friend has just said. He tries hard, but still cannot understand it.

- Rafa… what the hell does that mean?
- It’s a Brazilian saying. Don’t you know it?
- No, I don’t. And I am pretty sure that my father doesn’t know either.
- Your father is a smart man. I think he does understand and...
- Jesus, man. What’s the meaning of that?
- Well, in Brazil, when we have to deliver bad news, and we don’t want to shock the person, we start saying that there’s a cat on the roof of the house, and…
- You know what? I don’t care. Just give me your phone. I’ll call my father.
- LUCAAAAAAAAA, FIGLIO MIO.

Both Luca and Rafaello have a fright. They look at the door and see a beautiful woman with watered eyes walking towards them. It is Signora Giovanna.

- Mamma.
- My son. Oh, my son. How are you?
- I’m fine.

Signora Giovanna exams every inch of Luca’s body, looking for scratches, and she cannot believe when she sees the wounds caused by the bullets. She starts crying desperately.

- Oh, mom. Don’t cry, please. If you do that, I’ll cry too, and you know, men don’t cry.
- Who told you that?
- I DID.

That voice. Signora Giovanna stops crying immediately.  Luca and Rafaello stop breathing. The air is heavy now. His presence can be felt in the whole room.

- PAPÀ!!!!
- Hello, son. How are you feeling?
- Not bad.
- Are they treating you well here?
- Yep. Better than I thought, right nurse?

The nurse, a woman who has just got the job and has no idea what’s going on but understands the situation is critical, just nods.

- Well, I have some business to handle. I’ll leave your mom here, along with Giuseppe. I’ll see you later.
- Ok, dad.
- Then you, and me, and Rafaello will talk about that negro that embarrassed our family, capiche?
- Yes, papa.


Next…. The final chapter!









terça-feira, 9 de julho de 2019

The apology


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Brooklyn, NY
2 p.m.

It is a beautiful sunny day in The Big Apple. Thousands of people from all over the world are walking up and down the streets, eating, chatting, shopping.

In a ball court in the middle of the city, some teenagers are playing their favorite sport: calcio, which means football in English, or soccer in American English.

Teenagers are wearing jerseys of Juventus, Milan, Palmeiras, Real Madrid, Barcelona. They all have grown up rooting for these teams. Every time they make a move, they shout the name of players such as Ronaldo, Messi, Buffon, Zidane, Pogba, Kaka, Pirlo, Maldini, Edmundo, Marcos, Evair, Djalminha, among others.

There are about 10 teenage boys playing and 10 teenage girls who are not only watching but also waiting for their turn in the game. Different from other countries, America incentives their girls to play soccer and the result is the 4th Female World Cup title won in France last July.

Everybody is having a good time. The boys are playing, the girls are looking at the boys they will invite to go out. Everything seems to be in place when all a sudden…

- AAAAAAHHHHHHH!!!
- What happened?
- MY ANKLE. AAAHHHHH IT HURTS. IT REALLY HURTS.
- Oh… My… God!!!
- WHAT? WHAT?
- It is… it is… broken.
- Shiiiit. Santa merda.
- Your ankle is broken, man.

Luca can stop screaming. He tries to look down at his ankle, but he can’t. He keeps rolling on the floor in pain. All he wants is the pain to go away, but everybody knows that’s not gonna happen. His ankle is broken. While he rolls the players of both teams start an argument.

- ARE YOU OUT OF YOUR MIND????
- What?
- You broke Luca’s knee!!!!
- So what?
- SO WHAT????
- Yeah, so what? This is a game for maschio, not signorina.
- Oh, you speak Italian now? Are you mocking me?
- Listen, I ain’t mocking nobody, alright?
- You broke his ankle, figlio di puttana.
- Watdyousay?
- You heard me.  
- Yeah, I did. Say that again. I dare you!
- FIGLIO DI PUTTANA.

Sam punches Rafaello in the face, and while he is on the floor, he keeps kicking his stomach. Rafaello’s friends attempt to approach Sam and kick his ass but he pulls up a gun.

- Naaaahhhh… you guys don’t wanna do that.

Rafaello stands up. He holds his left arm. It hurts.

- What the hell, man? A gun? Are you serious?
- Yeah. You damn right I am serious.
- Put this gun away.
- And if I don’t?

Luca keeps rolling on the floor, and this time the pain is worse. Rafaello returns his attention to Sam and says:

- We gotta take him to the hospital.
- Yeah. You do that cause I ain’t doing shit.
- COME ON, MAN. YOU’RE THE ONE WITH THE CAR HERE.
- Yes, I am, and my car is taking no little fag to the hospital. Maricon.
- MARICON IS SPANISH YOU ASSHOLE.
- Well, I couldn’t care less. Spanish, Italian… F*** you all. This is America, so speak American.

Rafaello wants to kill Sam. Actually, they have never been good friends. They just happen to live in the same neighborhood. When he approaches Luca, he realizes the silence. Luca is not screaming anymore. Not even breathing.

- Oh Dio Mio. He’s not breathing.
- You sure about that? – asks one of the girls.
- YEAH, I AM SURE. I think… I think… I think… he’s dead.
- Well, lemme see… No, he’s not dead. He just passed out. The body does that so we do not feel so much pain.

- Are you a doctor?
- No, but I know a few things.
- Ok, we gotta take him out of here.

Rafaello starts talking to Sam again.

- Sam, please. Help me. Let’s take him to the hospital.
- No way. I told you already, this faggot is not getting in my car.
- WHAT’S WRONG WITH YOU? WHAT’S YOUR PROBLEM?
- You guys. You are my problem.
- We gotta help him, man.
- I ain’t helping nobody.
- You F***ing niggaaaaaa.

Silence in the ball court. Rafaello never uses this word. He knows how offensive it is. However, he is too nervous and desperate to think before speaking. All he can think is about his friend who passed out.

- Wadiyoucallme?
- What?
- WADIYOUCALLME?
- He said: you f***ing nigga.

That is Luca. He is awake now. Rafaello embraces him and checks if he is ok. He is not. He got a fever and needs a hospital. His ankle is getting more swollen as they speak.

- Oh, the maricon is awake. Good!!!
- Maricon is Spanish, you asshole.
- I know. Your stupid friend told me.
- Look what you did to my ankle.
- So? It’s part of the game. Some people get injured. If you can’t handle it, don’t get down to the playground.
- What? What’s that supposed to mean?
- I don’t know. I heard that from a Brazilian guy.
- Well, it don’t matter who said that crap. I want you to apologize.

Sam looks at Luca’s eyes and asks.

- You want me to do what?
- Apologize for what you did.
- I will apologize shit. Who the hell you think you are, huh?
- You sure about it?
- Yeah. I am damn sure about it.
- You’re gonna pay for it.
- Oh, yeah. Wadiyagonnado?
- I am going ti farti soffire. Te lo giuro.
- Oh, don’t give me all this Cosa Nostra mafia bullshit. Again, this is America. Speak American.  
- Yeah, this is America and I hate this place. It looks like a zoo. Too many scimmie.
- Scimmie? What the hell is that?
- You don’t know? Hmmm… so lemme enlighten you. Scimmie means……… You… monkeys… negros… niggers.

Yes. Luca is racist. And yes, he hates black people.

- WATDIYOUSAY TO ME?
- You heard me well.

Rafaello tries to calm things down.

- Nooooo… no no no no no no… My friend Luca is kidding. He doesn’t mean that. In Italy we say that black people… 
- SHUT UP!!! SHUT THE F*** UP!!!
- Ok.
- Say that again, you son of b*****? Please, say that again.
- Simmie… monkeys… Negros… Niggers.

Sam takes a deep breath. He looks around. Everyone is looking at him. The boys and the girls. It is possible to hear the breathing of some people. The rhythm is frenetic. They are apprehensive and do not know what’s gonna happen next, but they have an idea.

Sam approaches Luca and takes Rafaello off the way. He points the gun at Luca’s chest. Rafaello tries to stop Sam but it is too late. Sam fires… and fires again… and again.

- NOOOOOOOOO!!!!

Luca can’t breathe anymore. There’s too much blood. He is a fighter, so he tries. He fights for his life, but the attempt lasts less than 30 seconds.

Rafaello kneels, trying to save his friend, but he just can’t. Luca is dead.

- WHAT DID YOU DO???

Sam does not know the answer for this question. It is the first time that he uses a gun, his brother’s gun. He will have a lot to explain when he gets home. Now, his instincts speak louder, and he starts running. His friends follow him. They do not want to be there when the cops show up.

Rafaello has blood all over his t-shirt and it is not his. It is his best friend’s. He cries. He remembers inviting Luca for the game. At first Luca refused, but Rafaello managed to convince him. He said they should blend in with the other guys. What a stupid idea.

Now they are alone at the ball court. Everyone has fled. No boys. No girls. Just them. He has a lot in his mind. One of his thoughts is: How am I gonna tell Mr. Bianchi that his only son is dead?

To be continued…